A promotora Valéria Giumelli Canestrini, da 1ª Promotoria de Justiça de Cacoal, recentemente, realizou um evento de implantação do Fórum Estadual de C
A promotora Valéria Giumelli Canestrini, da 1ª Promotoria de Justiça de Cacoal, recentemente, realizou um evento de implantação do Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos. O evento aconteceu no auditório da Associação Educacional de Cacoal (Unesc).
A primeira reunião contou com participantes de várias entidades e órgãos ligados ao município e estado, como o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Cacoal (Saae), Vigilância Sanitária Municipal, Universidade Federal de Rondônia (Unir), Associação Educacional de Cacoal (Unesc), Instituto Federal de Rondônia (Ifro), Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), Idaron, Conselho Municipal de Saúde, Cerest e representando o Fórum Nacional, o coordenador da comissão de regulação, Cleber Folgado.
O tema principal do evento, foi a busca pela conscientização da população sobre os malefícios do agrotóxico para a vida humana e para o ecossistema como um todo. Também foi debatida a necessidade de a sociedade estar atenta para não permitir o desmonte do sistema regulatório de avaliação, autorização, comercialização e uso de agrotóxicos e afins, com o esvaziamento da atuação das Agências Reguladoras, principalmente, a Anvisa; e a flexibilização da legislação brasileira, de modo a permitir a liberação de produtos, que cada vez são mais nocivos à saúde e ao meio ambiente.
“Foi uma oportunidade para que a sociedade de Cacoal e região pudesse refletir sobre a necessidade de criar mecanismos que diminuam o uso de agrotóxicos e, sempre que possível, substituir os alimentos consumidos no cotidiano, por produtos orgânicos”, disse Valéria Giumelli.
O objetivo foi denunciar o descaso dos poderes públicos, diante de um tema crucial de saúde pública e ambiental, agravado pelo fato de o Brasil, desde 2008, ocupar o primeiro lugar do mundo como consumidor de agrotóxicos e serem crescentes as consequências prejudiciais da utilização de tais venenos à sustentabilidade alimentar e ambiental.
Durante os debates, foram abordadas as questões de pulverização aérea com agrotóxicos próxima de comunidades e escolas nos meios rurais, a falta de provimento de medidas normativas adequadas e de ação da fiscalização ambiental, agrícola e da saúde, que causam riscos à saúde pública.
Outra preocupação dos participantes do evento foi a demora na execução do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), elaborado no âmbito do Programa Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.